Tecendo versos

Ferve a verve, no tempo, que não há

Testo o texto, é só aqui, não mais lá

Vivo o crivo, como se não existisse

Travo a lavra, como se consumisse

Tremo, temo, e me entrego ao sonho

Tomo trama, como se feita de tecido

Teço e peço, o melhor que disponho

Voe, viva, enfim, tenha algum sentido

Pouse na lousa, no coração de alguém

Absorva e sorva, um bocadinho de mim

Exponho e componho, para que vá além

Alma, calma, sementes que não tem fim...

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