Para uma estrela cansada

Tu tens asas e não sobes.

Deixas os vermes roubarem as tuas asas.

Deixas eles subirem e enganarem as flores.

Aspiram o perfume que era teu.

Deixas eles mentirem sobre as nuvens do céu,

sobre as gotas nas folhagens

(eles, que nunca souberam o que é chorar).

Eles, que nunca viram as cores do arco-íris

como tu as vês, com teus olhos de estrelas

Deixas que o tempo passe e esqueces

que tuas asas foram moldadas de infinito.

Ele é o teu limite. Do teu sorriso, da tua alma,

que nenhum verme jamais comerá.

Se te roubam tua essência de luz,

serás mais uma estrela a se apagar

e mesmo assim, nas trevas,

os vermes continuarao com sua luz de mercúrio,

porque são muitos.... sempre serão!

Levanta-te e eleva-te ao plano dos girassóis,

dos que nasceram com luz própria ( o teu plano )

para iluminar os campos de Deus.

Não há vôo do espírito que os vermes possam alcançar.

Quem é da Luz, assume as montanhas!