Olhos no Precipício
Uma mulher
seus sentimentos suicídios amorosos
seu coração sentimental
Uma mulher
maternal, fraternal
pendurada na corda bomba
Uma Rainha
Errou os olhos
nos olhos mortais
Virou estátua
e tirou os olhos do precipício
Não congelou por toda
restou-lhe a dignidade
para não morrer como uma louca
Salvou-lhe a mão
da querida esperança
Salvou-lhe o amor-próprio
O acordar do engano.
Desengano, com dignidade...
Morte da realidade
Estátua da vida
Desfaz-se e se parte
Rose de Castro
A 'POETA'