Olhos no Precipício

Uma mulher

seus sentimentos suicídios amorosos

seu coração sentimental

Uma mulher

maternal, fraternal

pendurada na corda bomba

Uma Rainha

Errou os olhos

nos olhos mortais

Virou estátua

e tirou os olhos do precipício

Não congelou por toda

restou-lhe a dignidade

para não morrer como uma louca

Salvou-lhe a mão

da querida esperança

Salvou-lhe o amor-próprio

O acordar do engano.

Desengano, com dignidade...

Morte da realidade

Estátua da vida

Desfaz-se e se parte

Rose de Castro

A 'POETA'

Rose de Castro
Enviado por Rose de Castro em 24/08/2007
Código do texto: T622517