Escritor de coisa nenhuma
Não me dizes o mar,
Nem as pérolas de coração que as ondas partem na areia quando,
Enfurecidas,
Revoltam o lento trotar da evolução,...
Só com o tempo num sorriso que pede desculpas,
Dizes ser o vento que o planeta deixa cair quando chora,...
Que não acreditas na bondade irrefletida do homem,
Apenas na placidez das guerras que são o livre arbítrio do big bang,
A negação de uma criação divina,...
Noite após noite quis sorver o que de mau de ti ficava,
Para tornando sempre ao ponto de partida,
Me tornar escritor de coisa nenhuma ....