Escritor de coisa nenhuma

Não me dizes o mar,

Nem as pérolas de coração que as ondas partem na areia quando,

Enfurecidas,

Revoltam o lento trotar da evolução,...

Só com o tempo num sorriso que pede desculpas,

Dizes ser o vento que o planeta deixa cair quando chora,...

Que não acreditas na bondade irrefletida do homem,

Apenas na placidez das guerras que são o livre arbítrio do big bang,

A negação de uma criação divina,...

Noite após noite quis sorver o que de mau de ti ficava,

Para tornando sempre ao ponto de partida,

Me tornar escritor de coisa nenhuma ....

rodinhas
Enviado por rodinhas em 25/12/2017
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