Despertador interrompeu este poema
Desnorteado andas putridamente perdido no vento,
Sorvido no turbilhão do correr do tempo,
És as mãos nos bolsos do sol abrasivo, abrasador, indubitável na morte que caminha na berma da estrada que ninguém vê,...
Foi lá que te encontrei,
Falavas de coisa nenhuma com os olhos,
Ouviam-te dezenas de sombras a encolherem ao sol,
Prometias paraísos invisíveis,
Com riqueza de suspiros,
Lúcidas noções de felicidade,
Mar,
Amar por cima de todos os ódios,...
Até anoitecer foste rei no meio do clero da ignorância,
E quando a noite veio,
Subimos ao monte arredondado da dúvida,
E por lá ficamos ainda,
À espera que a espera nos leve para o mundo das coisas reais..