Sol Escuro
O sol escuro, eclipse profético,
Náusea, aves tortas, fora de rota, espiral.
Pressão demente, quase anfetamínica.
Ela ri sem dentes,
dança sem corpo,
existe sem espírito,
e está aqui, está aqui...
Galopa em plena dor, um paradoxo existencial,
plana no vácuo morto encima do pleno absurdo,
pede perdão, apenas por saber que é banal e perigoso...
grita: estou aqui...
estou aqui...
O sol eclipsa o saber profético,
dança espíritos inexistentes em espiral,
perdoa por saber que é inútil,
existe, no vácuo, paradoxo, por pura náusea banal.