SONHOS DE ARGILA
Quantas vezes passadas
Nos corredores das manhãs,
Desfiando a cortina da chuva?
Um sorriso de mala...
Desafiando a água empoçada do caminho
Já sem quadros, já não mais paredes
Onde a guerra sondava.
Quantas corujas por testemunha?
Quanto de espera - um banco?
Podia ser tudo poema,
Oportunidade de ver gente,
Prosa pueril um diadema!
Sonhos de argila, cavada de mãos...
Estes os dias feitos de nuvens baixas,
Sem aderência no calendário das festas.
Contaria-os todos.
- Somente hoje eles foram cozidos!
Em 7 de agosto de 2000