SONHOS DE ARGILA

Quantas vezes passadas

Nos corredores das manhãs,

Desfiando a cortina da chuva?

Um sorriso de mala...

Desafiando a água empoçada do caminho

Já sem quadros, já não mais paredes

Onde a guerra sondava.

Quantas corujas por testemunha?

Quanto de espera - um banco?

Podia ser tudo poema,

Oportunidade de ver gente,

Prosa pueril um diadema!

Sonhos de argila, cavada de mãos...

Estes os dias feitos de nuvens baixas,

Sem aderência no calendário das festas.

Contaria-os todos.

- Somente hoje eles foram cozidos!

Em 7 de agosto de 2000

Luís Aseokaynha
Enviado por Luís Aseokaynha em 30/11/2017
Código do texto: T6186320
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