AMBIGÜIDADE
Ai de mim com esta imprecisão,
Sons, cheiros e sabores de pura confusão.
O aroma do pecado e o som da perdição.
O barulho do silêncio é ensurdecedor...
Dentro de mim, um grito de desespero e dor.
Enquanto rola a lágrima teimosa em seu ardor.
Torpor, desânimo, pânico e a voz presa.
Tudo escuro, mas a luz continua acesa.
E, deixo de ser acusação pra ser defesa.
Se a dor é prêmio, o que fazer então?
As carícias ferem mais que bofetão...
E, dentro do peito, o que pulsa... é desilusão.
Teimo em sonhar tudo e fazer nada
A vida correndo... parada.
Jaz um sonho, não há mais nada.
Volta com um meneio zangue...
E, plantando uma lágrima de sangue,
Sufoca-me para que morra exangue.