Caminhos - Uma inexorável queda em risos e prantos - LXII

Nas curvas da noite,

quero deitar-me hoje

longe de teus pratos

frios de artimanhas

e desapreços,

no lugar escolhido

quero abandonar

o cigarro que jamais

fumei e despejar

o vinho jamais brindado;

no amparo negro quero

apagar o abraço que nunca

ganhei e queimar em chama

os beijos de serpente que

carregavas em seu bolso

inadvertente,

nos meus meandros

impassíveis, caso algum

anjo ludibriante resolver

afagar meus prantos

ou risos a ele cederei

apenas:

as curvas das minhas

noites negras...

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 18/11/2017
Reeditado em 26/12/2017
Código do texto: T6175547
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