Asas

Eu brigava

contra o tempo

Para

ter teu

acalento

Envolvida em suas asas

Feita de águas

Que me acalentavam

Enquanto me afogavam

EM AMOR

A noite

namorava o dia

O céu

amava o mar

Meu coração criou asas

Do peito

começou a voar

Fora capturado nas estrelas

Pela águia

Que sabe velejar

(Scarlett )

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Agradeço a interação fabulosa do poeta PAULO DA CRUZ...

E então morava eu...

sozinho

no

tempo...

Qual confuso ponteiro de um surreal relógio

Ou de um vital cronômetro

que dispara

E nele ficava...

A ouvir o cântico das ondas a que serpenteava nas praias

Das espumas que nelas se espalhavam

Todavia ao oceano sempre... retornavam

Indefinidamente...

E tudo volta!

Irrevogável lei da vida

Todavia, seria assim também com o tempo?

Na suave visão

do pólen das flores

A que aleatoriamente

se esvaem

Ah, quem dera se fizéssemos o mesmo!

A

ser

como

suas

pétalas

A

que

se

permitam

levar ao sabor

d o s v e n t o s !

Sem destino traçado... ou friamente calculado

Sem rumo designado...

A se render aos acordes

de uma melodia jamais ouvida

E sentir

toda sua beleza...

todo

o seu instante

Todo

o seu movimento...

Oh coração alado!

Por que tens tanto medo de voar?

A vida não vos deu asas?

Exorcizai, pois de teu ridículo medo

E transcendei-vos dos limites do espaço e do tempo

A que

em tal grau

te enclausuras

E que em teu sofrimento... te torturas

E um dia,

quem sabe,

voarás ao mais

alto dos céus

E chegarás

até a mais próxima estrela

Aquela que te aguarda...

te vela...

E tanto te ama...

Então, olhe para o céu

Não lhe seja indiferente

Ela está lá... piscando para você

(Paulo da Cruz)

Scarlett
Enviado por Scarlett em 14/11/2017
Reeditado em 14/11/2017
Código do texto: T6171226
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