Caminhos - Uma inexorável queda em risos e prantos - LI

Quisera eu

poder fazer da dor

de sua partida

apenas um retrato,

onde se crê que quem

parte um dia também

retorna com o melhor

sorriso embrulhado

entre sonhos e quimeras,

quisera eu fazer

de minhas lágrimas

um deleitável riacho

para banhar nos

com o que de melhor

somos e com o que

de melhor

poderemos ser,

quisera eu voltar

no tempo e transformar

todo verbo dilacerante

em delicados cortejos

muito bem versados

com brandura e alinho,

quisera eu

controlar todas as

minhas inquietaçoes

e convidar-te para descansar

num provável céu em remanso,

quisera eu mostrar

que minhas loucuras

nada mais são que meu

amor dançando nu

numa réstia de esperança

que busca em máxima

um pouco de abrigo e afeto,

quisera eu dizer-te

perante teus olhos negros

que a muito não sou

sem tua presença tão

ímpar,

quisera eu poder

te amar onde os anjos

não existam, tampouco

onde construam

pontes inatingíveis...

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 04/11/2017
Reeditado em 25/12/2017
Código do texto: T6162431
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