Caminhos - Uma inexorável queda em risos e prantos - XLIX

... tu insistes

em não regar

o céu celeste,

as insignes loucuras

e o amor que teima

em brilhar apesar das

suas secas tão pungentes,

tu insistes em ser

constância e se negar

às quedas como se tu

já fostes uma verdade

absoluta,

tu insistes em carregar

contigo a frieza dos

sapiens e a ausência

da sutileza dos anjos,

tu insistes em ser a

pedra vista em seus

ancestrais,

tu insistes em vomitar

máximas e monstros

desconhecidos,

tu insistes em ser

caminho reto e em

apedrejar os sumos

incógnitos,

tu insistes em

ser pequeno e

desdenhar os

distintos,

tu insistes em ser

um riso inexistente

e uma liberdade

irreal,

lamentavelmente

tu insistes em

ser uma poesia

solitária como se a

vida não fosse feita

de sementes e frutos...