Caminhos - Uma inexorável queda em risos e prantos - XLV
" Nunca ei de
te querer pelo
pelo mal", soluçava
ela a seu pássaro
em fuga,
e ele em sua
redoma de
orgulho não
conseguia entender
a verdade atrás das
lágrimas, agora,
às claras;
depois de
mais um parto
seco mais
árida ficou
a poesia dela
em queda
no entanto,
ele vagueia
( como sempre o fez)
livre por entre
seus risos e prantos
sem ainda compreender
o poder e a ruína das
asas;
apenas mais
uma ave livre,
- livre de tudo,
apenas isso:
-Uma ave sem estação
e cor!
Finalmente um
pouco de luz nos
olhos antes
lagrimejados.