Eterno mistério
Eternos mistérios
Como vejo velha e misteriosa
Aquela casa onde inspirações
Da arquitetura singular, maravilhosa,
Brotam qual poesia, em borbotões...
Quais amores as paredes cor-de-rosa
Descobriam ao verterem as paixões
Nos seus jardins de cravos e mimosas,
Que inda florescem entre os chorões?
É meu sonho abrir a grande porta
E subir pelas escadas de carraro,
Desvendar esse silêncio e solidão.
Encontrar almas-amantes? Não importa;
Mistérios tão profundos são tão raros
E tão belos, mas eternos nunca serão!