Queda de Heitor
Meu corpo desaba
Meus olhos padecem
Areia, sangue, agonia
Tremem minhas mãos
Lágrimas de quem amo
Alento último, ofegante
Que me enlaça
Meu encontro prometido
Portões enfim abertos
Dor, miséria, morte
Arauto fui de tantas
Mestre em eras tais
Trazendo fatídica libertação
'té vital sopro rompido
Escárnio sobre mim
Fumaça esvaindo vaidades
O tempo germina desgraças
Congela inglórias aspirações
Corvos almejando vísceras
Anoitecer infalível abraça-me,
Único imortal, o fim!