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Um amor infinito!

 

Sol a pino, mar que arrebenta

Em pleno vôo as aves se vão!

Levam consigo a minha ilusão

De ver de novo alguém que partiu

Nem se voltou, meu choro não viu

Meu coração de dor não agüenta!

 

Morro de dia, à noite a insônia

Indolente, o meu corpo consome!

A febre vem, de amor tenho fome

E sede dos beijos que eu te dava

Com tal paixão, que me sufocava,

Em que eu me dava, sem cerimônia!

 

Minh’Alma se agita feito louca!

Precisa de ti e do teu amor,

Sentir novamente este torpor.

Jogo-me inteira, em profusão,

Busco nos restos de um coração

A paixão, que p’ra ti era pouca!

 

Hoje, tão só vejo o firmamento...

Aves que voam, livres de algozes,

Tal qual cântico, em coro de vozes.

Quando, enfim, a partida chegar

E além do infinito eu puder voar,

Contigo estará o meu pensamento!

 

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