Labirintos

Labirintos entre os sons

e curvas verdes

pousam as moscas gosmentas

nas paredes

coloridos assombros raspados, aspas, aspados

colhem moedas do baú

enfeitiçado no silêncio da sombra

vivem cabelos

indo e vindo

ao escuro de tons

que ao sopro do beijo partem

pousando às rédeas de batom

há vento e bomba

de insetos e música ruiva

ou

indo a onda no fundo

do corredor

aonde sua fumaça quadrada

de espuma vital

grita até o seu término

o máximo da luz mortal

entra no que penteia a presa

rindo no laboratório

simbólico e perdido

e corta um cílio.