Como estátuas e meninas
Sei que há, em cada olho faminto
Uma ponta de água moldando-se em pomba sanguínea;
E em certo ponto ocular
Um vírus nomeado de crime hediondo ou sucinto.
Sei também que há, quando sobra um ruído
Pouco no fim de um verso,
O poeta que o enxuga ao invés de ouvi-lo.
Mas não sei dizer se tudo seria o apenas
E pequenos vaga-lumes de cera sorrindo-nos
Como estátuas e meninas.