Quando a flor cria pernas...
Uma flor criou pernas
E foi o mundo explorar
Era tão delicada
Precisava de muitos cuidados
O mundo não era seu lugar
Lá tinha a poluição
Pessoas que a pisaram
Deixaram-na no chão
Secando
Morrendo
Sem água
Agora já sem forças
Tudo que queria era retornar
Ao seu lugar de origem
De novo ser planta
Um jardineiro a viu
Meio despedaçada
Foi até ela
Então lhe resgatou
Da beira da estrada
Levou-lhe ao seu jardim
Cercado de jasmim
Plantou no meio dele
A flor rebelde
Cuidou com todo zelo
Cuidou com tanto esmero
Suas pétalas caíram
Perdeu toda esperança
Mas derrepente em botão
Se forma uma aliança
A rosa e o jardineiro
Ficaram tão contentes
Um compreendia o outro
Estavam radiantes
Quem nasceu pra flor
Não deve do seu destino se afastar
Nem querer mudar
Existe mais beleza
Em se aceitar
Usar toda sua graça
E o seu papel efetuar