INSTANTE DO ÓCIO
(Ps/385)


Que faço do instante,
Que atropela a minha mente,
Que assola o meu intelecto
Na minha sólida embriaguez?

Extremo conhecimento de si
Cutucando os instintos adormecidos
No raciocínio em devaneios perco-me
Na solidão da hora, espio em profecia.

Imploro pelo lume na tarde,
Lúrido, na ausência de arco-íris
Paradigmas, d'alma, em assombro
Que faço do instante, Deus vislumbro?

Aconchego transparente, em plumas
Disfarça a vida lúdica em versos
Deita o intelecto na haste pontiaguda
Expurga o ócio em paralelas linhas.

Embriaguez fatídica sem ópio
Faz do olhar um flash fulminante
Mortal irascível, mortal em ócio
Rompe paradigmas desse instante!
















 
edidanesi
Enviado por edidanesi em 21/08/2017
Reeditado em 21/11/2017
Código do texto: T6090517
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