As Vozes

As vozes consolam na solidão,
voam soltas em meio à escuridão,
sussurram aos ouvidos surdos,
gritam raivosas em lábios mudos.

A treva tudo envolve, de lado a lado,
flerta sensual, enganoso tom aveludado,
se declara em silêncio ao interlocutor,
que da vida, se mostra versátil ator.

As vozes...sim... ainda aqui estão,
a todo momento, qual profético refrão,
preenchem densas o ambiente vazio,
aquele, no qual sempre sente-se o frio.

Sobre o futuro, tétrico mesmerismo,
contudo, duvidoso, dimana fatídico aforismo.
É a face bela da morte que seduz, não em vão,
mas há muito aguardada, carrega-me pela mão.

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Marcus Hemerly
Enviado por Marcus Hemerly em 15/08/2017
Reeditado em 14/12/2017
Código do texto: T6084364
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