A alma não tem cura
Padece de essências
Voláteis, contundentes,
sólidas e cortantes.

MInha essência tritura 
o improvável.
Os paradoxos parados 
na esquina.


A alma não julga.
Ela fotografa,  escaneia
e esculpe nos sentimentos
os valores absorvidos.


A alma não tem cura.
Não sangra
Não geme

Mas se quebra feito cristal
Se rasga feito seda
Há delicadezas grotescas
Há violências delicadas.


Não tem corpo.
Não tem dimensão.
Flana e sobrevoa
por cima de corpos, satélites e
galáxias.



Alma não tem janelas
Tem imensidão.
Não tem tamanho
Tem infinito.

Abrange tudo
e silencia na cadência 
da ampulheta.









 
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 12/08/2017
Reeditado em 13/08/2017
Código do texto: T6081961
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