Grades Cerebrais
O cérebro devorou o homem.
Sangue tinto. Massa cefálica desconexa.
Gritos ecoam. Demência!
O desespero fere a epiderme.
As desilusões aniquilam os rótulos.
Na boca, o parto de doloridas palavras.
Eletricidade estática envolve o corpo.
Frio sobre os ombros,
A lâmina do cajado da morte.
Cansado, exausto,
Naufrago no cotidiano.
Céu e estrelas não se entendem.
Tensão, entre um viver intensamente
E um mórbido existir nas próprias sombras.
Solidão em meio aos tantos.
Abandona o mundo,
Divaga por ocultas estradas do sujeito.
Olhos fundos, olhar distante.
Cruza os dedos, segura as mãos
Quer esmurrar as pontas das facas.
O crânio que parece doer,
Uma casca de ovo a quebrar-se?
Mortifica-se em nascimento,
Morre em vida.
Os pulmões ansiosos,
É tanto ar, que sufoca!
Quer respirar, e o ar não vem.
O ar não quer vir, quer invadir.
Ardor nos olhos, chamas na alma.
Escorrem versos de lágrimas.
Injúrias e blasfêmias ao céu,
E a dolorida queda sobre os joelhos.
Sente, e não quer sentir.
Escassez de sentimos
Em meio à embriaguez dos sentidos.
Ama-se com descrença
Odeia-se sem desejar odiar.
Sombrio parece vestir-se de luzes,
Iluminado perturba as trevas.
Tempo que passa. Estações do ano!
Inverno, frio cortante,
Lâmina que fere o rosto,
Punhal que atinge a alma.
O corpo não suporta o espírito,
Tremores vulcânicos
E rosto plácido, todo indiferente.
Colhe a face nas mãos em concha.
O cérebro sofre, vermelhos e cinzas.
Nuvens carregadas, relâmpagos vorazes.
E homem caiu, nocaute!
Vítima da dicotomia de corpo e alma.
Os sentimentos escondem-se,
As ideias fogem, mas a luta é continua.
Sanidade quer abandonar a razão,
E a loucura quer deixar a insanidade,
Num saldo que finda em nada,
Num calar-se,
Em que o cérebro aprisionou o homem.
O cérebro devorou o homem.
Sangue tinto. Massa cefálica desconexa.
Gritos ecoam. Demência!
O desespero fere a epiderme.
As desilusões aniquilam os rótulos.
Na boca, o parto de doloridas palavras.
Eletricidade estática envolve o corpo.
Frio sobre os ombros,
A lâmina do cajado da morte.
Cansado, exausto,
Naufrago no cotidiano.
Céu e estrelas não se entendem.
Tensão, entre um viver intensamente
E um mórbido existir nas próprias sombras.
Solidão em meio aos tantos.
Abandona o mundo,
Divaga por ocultas estradas do sujeito.
Olhos fundos, olhar distante.
Cruza os dedos, segura as mãos
Quer esmurrar as pontas das facas.
O crânio que parece doer,
Uma casca de ovo a quebrar-se?
Mortifica-se em nascimento,
Morre em vida.
Os pulmões ansiosos,
É tanto ar, que sufoca!
Quer respirar, e o ar não vem.
O ar não quer vir, quer invadir.
Ardor nos olhos, chamas na alma.
Escorrem versos de lágrimas.
Injúrias e blasfêmias ao céu,
E a dolorida queda sobre os joelhos.
Sente, e não quer sentir.
Escassez de sentimos
Em meio à embriaguez dos sentidos.
Ama-se com descrença
Odeia-se sem desejar odiar.
Sombrio parece vestir-se de luzes,
Iluminado perturba as trevas.
Tempo que passa. Estações do ano!
Inverno, frio cortante,
Lâmina que fere o rosto,
Punhal que atinge a alma.
O corpo não suporta o espírito,
Tremores vulcânicos
E rosto plácido, todo indiferente.
Colhe a face nas mãos em concha.
O cérebro sofre, vermelhos e cinzas.
Nuvens carregadas, relâmpagos vorazes.
E homem caiu, nocaute!
Vítima da dicotomia de corpo e alma.
Os sentimentos escondem-se,
As ideias fogem, mas a luta é continua.
Sanidade quer abandonar a razão,
E a loucura quer deixar a insanidade,
Num saldo que finda em nada,
Num calar-se,
Em que o cérebro aprisionou o homem.