NO PASSO
(Ps/378)


Passo
no passo.
Descompasso?
Apresso o passo.

Fujo do real
Abrigo-me na incerteza.
Vagar sem pensar é fatal
Para quem quer peleja.

Não há som, não há céu
Só verde corrediço, limo
Fétido vagar
Do manancial que pede arrimo.

Dias vão e vem
No compasso, esse desdém
Do humano com a vida
À frente, do mundo, para o além.

Do puro amor nada espero
Da ilicitude, o peso das horas
Loucos, em caminhos, dispersos
Mundo, mundo e país dos adversos.

Cala o muro apedrejado
Senta o ancião em sua sombra
Fartura, em esconderijos plenos
Andrajos coloridos, restos, nos intramuros.













 
edidanesi
Enviado por edidanesi em 10/08/2017
Reeditado em 21/11/2017
Código do texto: T6079480
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