As cinzas das noites das coisas.

As cinzas das noites das coisas.

Que o vento não sabe carregar

Acumulam-se pelos tempos.

Não é passado

Não é presente

Para nada,

Nem para ninguém

Só para si.

Só O NADA

Com sua percepção

As podem recordar

Rouba delas a existência

Somente na lembrança as detém

Numa eternidade que é apenas delas e de mais ninguém.

As cinzas das noites das coisas.

Enide Santos 05.08.17

Enide Santos (meu toque)
Enviado por Enide Santos (meu toque) em 06/08/2017
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