PLANETA À MÍNGUA

«À memória do mestre Vieira»

Espantosa a preocupação por todos os Media

Acerca “Da gestão dos recursos do planeta terra”.

Estão travando, todavia, uma ignóbil guerra

Porque direccionados para uma audiência-serva.

Audiência-serva, porque ouve, não fala e só consome

Quer dizer, come, bebe, vegeta, deixa-se comer

E agora, pois, já abre a boca até às orelhas a ver

Que está em perigo a subsistência e o seu próprio nome.

Audiência-serva, que fecha os ouvidos aos “roncadores”,

Anestesiada por falsa ideia do seu bem-estar;

Audiência-serva que, minimizando o seu explorar,

Vive de olhos vendados e não vê seus “pegadores”;

Audiência-serva, que se deixa alienar p´ los “voadores”

Que enredam o dia-a-dia aos iludidos inocentes,

Injectando em suas almas os falsos ingredientes

E, tarde de mais, descobre o “polvo” do seu mar de horrores.

Audiência-serva, condenada a mudar de estatuto,

Que nunca descobriu nem descobrirá, por mal ou bem,

“Quem quer mais do que convém, perde o que quer e o que tem”,

Pregava, mestre Vieira, p´ ra todo este MUNDO bruto!

Planeta à míngua, sim, que corre o risco de implodir…

Será qu´ os torpes arguidos não se estarão a rir?

Frassino Machado

In RODA-VIVA POESIA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 02/08/2017
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