A Mentira e o Tempo

faz-se o tempo,

ganha-se tempo,

empurra-se o tempo,

“dá um tempo”

dê um tempo...

“Não tenho tempo”

Louva-se para o tempo,

invoca-se o tempo,

roga-se para o tempo,

compra-se o tempo,

sem prever o tempo e

sem tempo,

constrói-se um enorme templo

revestido de uma mentira envolto

de tempo mutável onde tudo é

instável,

para ser amável:

faça de acordo com o curso do rio.

Essa é o “fio da meada”

que nada... Que nada...

Que nada... em correnteza

sem a certeza de chegar a beleza

de que um dia:

quem diria?

A hipocrisia,

que me valia de alguma coisa:

de nada... De nada... De nada...

A temer “pode crer” que a Verdade

um dia chegaria desmascarando

a falsa beleza.

Que tristeza!

Que tristeza...

Que tristeza...

...Ver a inócua máscara caindo

do alto,

sem respaldo,

sem piedade,

assombrando a sua impetuosidade

diante dos teus pés,

como um jarro de porcelana

que se dilacera...

Já era... Já era...

...Já era o fim, Da fera ali!

Quem manda? Quem manda?

Quem manda, para o tempo,

Você mentir?

Marcos André Cavalcante Almeida

Obra literária premiada na Associação brasileira de desenho e artes visuais ABD RJ.

Marco Almèida
Enviado por Marco Almèida em 17/07/2017
Código do texto: T6057472
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