Menina dos olhos
A menina do olho saltou
Está dando voltas no parafuso
Enlouquecida, vê um trapézio
Mistério é para ser misterioso
Congruência infestada de festa pagã
Deixa-se ir pelos labirintos improváveis
Jardins suspensos catatônicos
Uma ave florida de versos canta uma ária
Na área coberta do casebre
Palafitas se deram a desfilar
Tontura, loucura e extremos bailam
Diante do abismo celeste entram e saem
Quanta facilidade pálida
Requer luz natural
No entretanto há espaço em demasia
Solta, solta a mão
É precioso que vá
Vã naquilo que percorre
Gira, revira-se em flores
Os espinhos ferem a alma
Um desolamento de cão
A menina espiralada olha
Nenhuma lógica deixou de ser lógica
Abstrata que pareça, há exatidão
Demasiada concretude
Força, cansa
Desfalece e revolve
Andou pelo todo
Tudo não é tão imenso assim
Intenso é um fardo
Vem, vem a coisa que habita
Um hábito surrado se posta diante dela
Vesti-lo, jamais!
Tem que voltar a órbita monótona
Querer não quer
Um sem saída surge gritante
Volta ao lar, indócil lar
Tudo nos devidos lugares
Resta uma vaga noção
Sabe onde foi
Esteve longe
Agora se apoia na realidade absurda
Um andar errante perpetuado na lembrança
Concreta, conserva enlatada
A menina do olho saltou
Está dando voltas no parafuso
Enlouquecida, vê um trapézio
Mistério é para ser misterioso
Congruência infestada de festa pagã
Deixa-se ir pelos labirintos improváveis
Jardins suspensos catatônicos
Uma ave florida de versos canta uma ária
Na área coberta do casebre
Palafitas se deram a desfilar
Tontura, loucura e extremos bailam
Diante do abismo celeste entram e saem
Quanta facilidade pálida
Requer luz natural
No entretanto há espaço em demasia
Solta, solta a mão
É precioso que vá
Vã naquilo que percorre
Gira, revira-se em flores
Os espinhos ferem a alma
Um desolamento de cão
A menina espiralada olha
Nenhuma lógica deixou de ser lógica
Abstrata que pareça, há exatidão
Demasiada concretude
Força, cansa
Desfalece e revolve
Andou pelo todo
Tudo não é tão imenso assim
Intenso é um fardo
Vem, vem a coisa que habita
Um hábito surrado se posta diante dela
Vesti-lo, jamais!
Tem que voltar a órbita monótona
Querer não quer
Um sem saída surge gritante
Volta ao lar, indócil lar
Tudo nos devidos lugares
Resta uma vaga noção
Sabe onde foi
Esteve longe
Agora se apoia na realidade absurda
Um andar errante perpetuado na lembrança
Concreta, conserva enlatada