Rudimentar
Caminhante das sombras
Assusta pobres crianças
Lança no ar suspeitas
Esparge supostas culpas
O punhal é sempre cravado
Ama as costas expostas
O ser mítico do ridículo
Perfume barato que fixa
Lisonjeia antes de asfixiar
Adula, bajula, acarinha
Sonha estar na Santa Inquisição
Mas à luz, queima na fogueira
Arde nas chamas quase extintas
Reavivadas com seu bafo gélido
Mas a primeira sombra caminha
No prazer de espumar toxicidade