Surrealidade
Perplexo por anomalias, incessantes, as neuróses que me corroem, repugnantes
O laço que atrofia dói, são bem distantes, enquanto as dose de pinga vai, delirantes
A carta que escrevi não vai, está tão longe, acabaram de me rotular, um meliante
Já tenho fardos para carregar, iguais a antes, a rua teve que me criar, foi preocupante
Eu mesmo tive que me salvar, do mar de sangue, já não tenho lágrimas pra derramar, no meu semblante
Foi dificil de me segurar, por um instante, naquela hora eu quis matar, foi alarmante
Sem lugar para chamar de lar, fiquei distante, não tive em que me apoiar, era importante
Me perder pra me encontrar, interessante, talvez eu consiga mudar, o horizonte
Desisti de tentar jogar, fui operante, enquanto tentavam me derrubar, muitos farçantes
Minha alma foi agonizar, horripilante, então tive que protestar, fui militante
No vale das sombras fui andar, um viajante, da morte tive que desviar, reconfortante?
No teu peito é onde eu queria estar, aconchegante, por favor venha me resgatar, é torturante
Não ter ninguém para abraçar, é agravante, perder para valorizar, é petulante
Desde que eu decidi ficar, fui relevante, ver alguém se identificar, gratificante
O teu sorriso no meu olhar, predominante, a sua voz ao me abraçar, ofegante
Acho que dá tempo de eu melhorar, to confiante, ter seu corpo em meio ao mar, é delirante
São poemas para recitar, fascinantes, e mais histórias para contar, extravagantes
Tive tempo de me apaixonar, foi radiante, mas uma hora teve que acabar, deselegante
Com drogas para traficar, comerciante, e a polícia para me cobrar, é desgastante
Pra lua tive que cantar, fui um amante, e mil mulheres para apreciar, exuberantes
Ao mundo fui me entregar, um aspirante, mil demônios para exorcizar, foi assombrante
Não tive tempo de recuar, sou atacante, vai ser dificil de me segurar, to indo avante!