AMOR, ARTE E VIDA

Com caneta e papel

Escrevo o que tiro de mim

E busco no fundo do poço

Alento no âmago profundo

Paz e luz para o mundo

O mundo que cansa nossas almas

E lança nossos corpos em campos de batalha

Onde sobreviver é o lema dos combatentes

Cujos heróis se suicidam frente aos fascínios

Da busca do nada.

É gelo e poeira onde o cheio floriu alcança

Peno com a morte,

Sugando a doçura da maçã,

Tomando café a luz vívida das manhãs.

Porque a vida é passagem

Comprada para o norte vago

Onde o cheiro do vinho é forte

O amor vem fervendo

Brotando em terras secas

Arrancando pedras nas areias

Semeando frescor

Onde o nada é simplesmente absurdo

Chegando em cor e força

Onde os caminhos são artes

Nas mãos poéticas

No olhar vermelho do artista

É vida!