O DRAMA DA ROSA
Da aridez em terra bruta,
nasce o broto ressabiado,
tão pequeno, se faz em luta,
sobreviver em campo ressecado.
Uma folha... Lá vem mais três,
Sobe galho à sede do descaso,
Teimosa, marca espaço, sua vez.
Roseira, rosa, rompe acaso.
Vermelha, cor se sangue que do parto nasce,
Abre em botão,
mostra-se a vida viver.
Insinua apaixonada paixão.
Coloriu o árido,
Fêz a festa das abelhas,
vermelho carmim, o redor plácido,
vislumbra ternura, amor que braseia.
Um período, uma pétala caiu.
Deixa espaço na teimosia de não se acabar.
Um galho, outro botão se abriu,
a espera de um beija-flor para amar.