O DRAMA DA ROSA

Da aridez em terra bruta,

nasce o broto ressabiado,

tão pequeno, se faz em luta,

sobreviver em campo ressecado.

Uma folha... Lá vem mais três,

Sobe galho à sede do descaso,

Teimosa, marca espaço, sua vez.

Roseira, rosa, rompe acaso.

Vermelha, cor se sangue que do parto nasce,

Abre em botão,

mostra-se a vida viver.

Insinua apaixonada paixão.

Coloriu o árido,

Fêz a festa das abelhas,

vermelho carmim, o redor plácido,

vislumbra ternura, amor que braseia.

Um período, uma pétala caiu.

Deixa espaço na teimosia de não se acabar.

Um galho, outro botão se abriu,

a espera de um beija-flor para amar.

palavrasdeesgoto
Enviado por palavrasdeesgoto em 09/08/2007
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