Pelas madrugadas

Em madrugadas outonais,

regidos pela escuridão,

voam pássaros,

livres como os meus delírios...

Sob as penumbras do Eu

a voz do silêncio me diz tantas coisas...

ouço o que as vozes falam,

sem me importar em enxergar,

sem nem desejar saber

do dia que se aproxima...

no açoite de cada limiar

sinto destroçado tudo o que passou,

mas inda sigo seguro

pra prosseguir em meus passos

noutras madrugadas,

sem ter grilhões de impérios...

pra nutrir os meus delírios

e os libertar,

deixar que eles tomem asas

como os bacuraus

contemplando a noite e os seus mistérios...

BetoAcioli
Enviado por BetoAcioli em 29/03/2017
Reeditado em 30/03/2017
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