À BEIRA DO LAGO
Descanso meus olhos nas águas profundas
Negras
Tristes
Há no ar o som de um tempo morto
Um suave chamado
Olho para um lado
Para o outro
Não há ninguém
A voz vem de um longínquo tempo
O tempo que duas crianças brincavam aqui
Elas queriam viver uma vida inteira em apenas alguns minutos
E o tempo escoou por entre seus dedos
Guardaram segredos
E partiram daqui
Mas eles voltam
Cada um a seu tempo
Estão desencontrados
Mas são eternos enamorados