À BEIRA DO LAGO

Descanso meus olhos nas águas profundas

Negras

Tristes

Há no ar o som de um tempo morto

Um suave chamado

Olho para um lado

Para o outro

Não há ninguém

A voz vem de um longínquo tempo

O tempo que duas crianças brincavam aqui

Elas queriam viver uma vida inteira em apenas alguns minutos

E o tempo escoou por entre seus dedos

Guardaram segredos

E partiram daqui

Mas eles voltam

Cada um a seu tempo

Estão desencontrados

Mas são eternos enamorados

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 14/03/2017
Código do texto: T5940928
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