Sonhos e Pedras - LXXVII

.. é deveras

estranho esse

sentir tão agudo

e doce;

é deveras

estranho esse

olhar longínquo

ao céu que parece

tão mudo;

é deveras

estranho esse

sorriso frente

a olhos tão

inatingíveis;

é deveras

estranho esse

calor que chega

de um sol tão

esfíngico;

é deveras

estranho essa

mística dor que

bate no dilacerante

vazio,

é deveras

estranho esse

querer descabido

por uma inexata

conexão em linhas

alvas;

é deveras

estranho essa

pueril vontade de

um abraço acalentador

que dispensa rimas

exatas;

é deveras

estranho essa

luz que nos brilha

- quando em segredo

voamos ao infinito,

mas, não nos

pode ser estranho

o magnífico voo

cedido a nós

pelo perfeito

TAO!

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 14/03/2017
Reeditado em 01/05/2017
Código do texto: T5940702
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