Elixir do breve momento
Tranformado o excesso transborda
Siplesmente por não resistir;
Incabível, Incerto retorna
Ao princípio de um elixir.
Tal elixir de breve momento;
Imaginário. O Eldorado!
Um intrépido contentamento
Interesseiro e conturbado.
Leva adiante essa tal paz
Que de intensa desaparece;
À procura de um menos sagaz
Que cedo, por ela perece.
Torna-se insubstituível
Esta magia desnecessária;
Que leva o corpo ao sensível
E contempla a alma precária.
Veste-se então de algo vil,
Tormento da própria luxúria;
Perto do encontro sombrio,
Sente-se, faz-se centúria.
Extermina sua breve consciência,
Que leva à sombra, a chorar
Pela falta da bela essência;
Tão bela que não podia faltar;
Sem a essência, que é o humano?
Que quase já nem a possuía;
Perdido no prazer mundano
E tudo mais ele destruía.
Um falso elixir que em vida
Se compara à rosa no jardim:
Com espinhos pode ser maldita
Mas as pétalas suaves como jasmim.
Porém com a manipulação doentia
A sentimentalidade mais pura
Se congela, se torna alergia,
E a intenção mais suave, a mais dura.
Contudo o excesso transborda,
Simplesmente por não resistir;
Incabível, incerto retorna
Ao princípio de um elixir.