Sonhos e Pedras - LXVII
... a multidão que
vive em mim pouco
me assombra, pois
fiz dela domada
borboleta azul;
a multidão que
vive fora de mim
insiste em assombrar
a minha pacata
panapaná que finge
ser eterna calmaria;
a multidão que vive
além dos voos feitos
por minhas asas nada
me diz, já que nada
fiz dela,
a multidão que
me passa e de
mim faz zombaria
há muito se tornaram
nada no meu UNIVERSO
tão cheio de asas, sonhos
e pedras!