Caos

A sala fria esconde o calor de um tempo esquecido nos gélidos corações

Em cada canto escuro vejo a luz que pousa sobre teu rosto

Iluminando quadros, passo a passo, a cada esquina mal iluminada

Suando frio, meio fio, ruas e avenidas, ideias invertidas

A noite, de noite, a morte de novo, um novo amor nascerá

Sons ao longe, barulho de trovão, carros apressados, gente, multidão

Eco após eco, ouço o som do coração, bate ligeiro, cheiro de lixo

O sono vem aos poucos embalado em pacotes de desespero

Sonhos e delírio, visionário círio, guerras e rumores de guerras

Apocalipse zumbi versículo 666, zumbido de abelhas no nariz

Noite quente, madrugada fria, raia o dia, chuva e sol

Passos largos em calçadas apertadas

Nuvens densas, intensas sensações, paixões de momento, e o tempo

Corre contra tudo o que amamos, levando o que deixamos pra trás

Sonhos torpes de um bêbado cambaleando sob nuvens de cristal

Dan Pérignon
Enviado por Dan Pérignon em 07/03/2017
Código do texto: T5933307
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