Caos
A sala fria esconde o calor de um tempo esquecido nos gélidos corações
Em cada canto escuro vejo a luz que pousa sobre teu rosto
Iluminando quadros, passo a passo, a cada esquina mal iluminada
Suando frio, meio fio, ruas e avenidas, ideias invertidas
A noite, de noite, a morte de novo, um novo amor nascerá
Sons ao longe, barulho de trovão, carros apressados, gente, multidão
Eco após eco, ouço o som do coração, bate ligeiro, cheiro de lixo
O sono vem aos poucos embalado em pacotes de desespero
Sonhos e delírio, visionário círio, guerras e rumores de guerras
Apocalipse zumbi versículo 666, zumbido de abelhas no nariz
Noite quente, madrugada fria, raia o dia, chuva e sol
Passos largos em calçadas apertadas
Nuvens densas, intensas sensações, paixões de momento, e o tempo
Corre contra tudo o que amamos, levando o que deixamos pra trás
Sonhos torpes de um bêbado cambaleando sob nuvens de cristal