O Fantasma
Sou eu o fantasma
Que corre na noite
Os pés tão ligeiros
Nem tocam o chão
Assusto os pombos
Balanço nos galhos
Salto sobre as nuvens
Deslizo nos fios
De alta tensão
Feliz liberdade
A lua me vela
E as mil stellas
Que vejo passar
São moças formosas
A fitar desejosas
A feliz liberdade
Que posso desfrutar
A noite me oculta
Sem se queixar
Os postes quebrados
Não iluminam a minha maratona
Em horas tão curtas
Passos apressados
Indo a tona
Sem nunca respirar