A Quimera
Mil pedaços de mim
Se unem aos seus
Misturam-se
Feito pão sovado
E se molda num formato
Desconhecido
Emerge de águas profundas
Tão densas
Tão escuras
Não sei de onde vens
Não sei que nome tem
Se és um anjo
Se serás alguém
Um sonho
Uma quimera?
Nada afoito, mergulha
Feito um boto
E silencia
Um vulto em luz
Sei que és de mim
Que tu vens!
Se entranhará em meus braços
Tens meu sangue
O seu sangue será meu também!
Meu boto cor-de-rosa
Minha flor de maracujá
Todos os sonhos terás
Das minhas tristezas advém
Refletirá o amor em seus olhos
Inebriando os que nada tem!