A Quimera

Mil pedaços de mim

Se unem aos seus

Misturam-se

Feito pão sovado

E se molda num formato

Desconhecido

Emerge de águas profundas

Tão densas

Tão escuras

Não sei de onde vens

Não sei que nome tem

Se és um anjo

Se serás alguém

Um sonho

Uma quimera?

Nada afoito, mergulha

Feito um boto

E silencia

Um vulto em luz

Sei que és de mim

Que tu vens!

Se entranhará em meus braços

Tens meu sangue

O seu sangue será meu também!

Meu boto cor-de-rosa

Minha flor de maracujá

Todos os sonhos terás

Das minhas tristezas advém

Refletirá o amor em seus olhos

Inebriando os que nada tem!

Madame F
Enviado por Madame F em 11/02/2017
Reeditado em 18/03/2017
Código do texto: T5909803
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