Sonhos e Pedras - XXXII
Vem,
deixa teu riso
repousar no meu
singelo olhar,
acalentar-te-ei o sono
com o brilho das mais
primorosas estrelas;
avivar-te-ei os sonhos
com novos voos
-------------- expressivos;
ao teus nostálgicos
passos, dar-te-ei
a inocente e incomparável
alegria dos elementais.
Vem,
o universo já cumpriu
sua missão:
confia, que velar-te-ei cada
anseio pendurado a luminescências
dispersas e cuidar-te-ei os desígnios
que lhe fazem fulgência ao olhar vago
ao céu sem fim.
Vem,
que a vida sem anseios
e poesias é mais cruel
do que o vazio que
grita verdades cheirando
o abismo.
Vem,
que a alma sem amor
é a mais silente e lancinante
pedra a chorar sozinha em
caminhos secos.
Vem,
abraça-te-me,
enfim e sorri,
que nos transformarei
em uma só asa, marcada
com vivacidade e desvelo!