DESABAFO DE UM PAPELÃO
Um dia já foi madeira,
vivia firme no chão.
Vivia feliz e tranquilo
junto com meus irmãos.
Mais um dia um certo homem
sem juízo e sem noção,
armado com um machado
me lançou golpes profundos
para me tira dese mundo
e me levou para o chão.
Me derrubou sem piedade
pois ele não tinha coração,
não perguntou se eu queria
subir em seu caminhão.
e me levou para uma fabrica
me arrastou pelo chão,
me fez e mil pedaços
quanta dor no coração
me transformou em papel
para um tal de escrivão.
depois de terem me usado
me jogaram pelo chão,
por alguém eu foi pegado
e em outra confusão,
me moeram e me juntaram
e me fizeram papelão.
Batista Jurema, 04.02.2017