A CHUVA

Todas madrugadas
Subo ao telhado
e tento agarrar as estrelas,
à procura dos prelúdios

De sonhos cintilantes.
Eu acredito que a lua
corre atrás dos pirilámpos,
escoltando as ruas
por onde deixo a sombra.

Os meus olhos,
ainda se passeiam
pelas noites de prata
e ainda se baloiçam
na passagem que espreito.

Por vezes parece-me
que a chuva da minha infância
tinha mais pingo para contar,
era mais molhada, mais organizada,
mais certeira que uma hora marcada.
Era mais fascinante estar na rua quando,
ela escorria pelas falésias do corpo.


Luamor

Enya
http://www.youtube.com/watch?v=v0NoHN1TU5I

Luamor
Enviado por Luamor em 11/01/2017
Reeditado em 11/01/2017
Código do texto: T5879119
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