Éon de Hórus

Tempos de injustiça

Tempos de covardia

Eras do esquecimento

Eras em agonia

Além da soberba do rei

Além da cegueira do tolo

Sob o céu da meia-noite

Vêm ao mago as tábuas da Lei

Há muito se prescreve ao mundo

Mastigar amargas dores e mudanças

Desce o homem da excelsa estrela

Ao abismo mais negro e fundo

Séculos sangrentos, sagrado ritual

Sob ventos de bênçãos e maldições

A cada um, seu inferno ou paraíso

Em revelações de nebulosa espiral

Queimem em conflitos

Tremam em gemidos

Abracem a ousadia

Ouçam a sabedoria

Abrem-se os portões do tempo

Aos infinitos domínios da vontade

Fé, vestígio da humana infância

Em lampejos de catedrais e lamentos

Eis que surge novo fogo

Em rajadas que ofuscam velhas luzes

Corações humildes em furor

Decifrando as regras do novo jogo

Rompendo as nuvens do Oriente

Vem a razão de todas as lágrimas

Ruge dragão outrora dormente

Destilando veneno de novas lástimas

Isaque
Enviado por Isaque em 05/01/2017
Código do texto: T5873230
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