Luz do sol.
Vivia em preto e branco,
talvez em nuances de cinza.
As cores das tintas
Reservava para o quadro.
No meio da sala,
Esperava o sol
para jogar as cores na tela virgem,
e pintar,
e se lambuzar de vida...
de tanto esperar,
cansada, caída,
jazia no chão
quando a luz pela janela entrou...
então, lentamente despertou.
o quadro esperava,
imaculado e branco.
as mãos tremeram,
as tintas escorreram
parindo na tela o belo...
o indivisível raio de luz
Em espasmos de prazer,
Pela ultima vez gargalhou
A alma colorida seguiu o derradeiro raio de sol.
Jeanne Geyer