Alerta

Será que algum dia

Dei serventia

À palavra que sintetiza

A mim que preciso

Não enlouquecer

Na questão biônica

Do meu corpo robótico

Que desafia a ótica

E confunde o psicótico

Minha confusa gestáltica?

O meu lado satírico

Que grita sarcástico

Na notícia bombástica

Do mundo mudo

Me perde na elipse

Do som de pancadas

Ou de Gabriel Pensador

Tão virtualíssimo

Que tudo enxerga

Pra querer resolver

Minha visão empírica

Que me afoga

No copo da metafísica

Estaciona na ilusão

De um corpo energético

Um por cento psicotísica

Será

Que acabarei como muitos

Que estão aspirando

Pó de mico

Debaixo de um viaduto

Pra muito, muito além

Da infinita Via-Látea?

Ou cantarei

Um final

Neoliberal

Do mundo lírico

Que me faz

Rolar

Rodear

Rodopiar

Estrebuchar

Em dança frenética

No Psiquiatra

Ou estarei com certeza

Subindo na mesa

No processo analítico

Com quem não se importa

Com quem quer que seja,

Ou seja, com alguém

Muito preocupado

Com a própria "brotoeja".

Liraagi
Enviado por Liraagi em 25/12/2016
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