Primeiro ato
Você me fez prisioneiro e desalmado
Como uma borboleta presa em um copo
Apagando o próprio rastro
Sentindo ardor no bater das asas
Tento me afastar por não ser livre
Fui afogado no outro lado do espelho
Sua fuga foi tão clara, foi tão impetuosa
Seu retorno foi sedutor e suas mãos violentas
Perdido em um labirinto com uma coroa de espinhos
Não há saída e eu me sinto cansado
Cansado sem poder ir pra perto dos seus braços
Porém fascinado pelas mil e uma noites