O menino sem nome

Quando criança,

Fedido e sujo,

Via os filhos da realeza,

Tão gordos e lentos...

Sentia se um verme

Estava sempre com fome

Às vezes roubava

A fome era tanta...

Em trapos ele andava,

Pobre menino,

Jovem ladrão,

Já procurado pela guarda real,

Mas eles não conseguiam pega-lo...

Muito antes de tudo que existe,

É uma historia antiga,

Uns dizem que havia,

Gigantes caminhando por ai...

Com coragem e fome,

Um bravo menino,

Aventura-se em sua terra,

É como caminhar em uma espada de dois gumes...

Aprendeu a lutar nas ruas escuras,

Com vagabundos que admiravam ele,

Feroz como um lobo com fome,

Traiçoeiro como uma serpente...

O garoto logo viu que esse mundo não era dele,

Os ricos da cidade,

Estudavam em grandes colégios,

E nosso menino já sabia usar um punhal...

Ele foi esperto,

Cobrando da burguesia,

Por serviços sujos,

Eis aqui sua fortuna,

Bater em valentões de escola...

Gostava de andar perto do perigo,

Aos dezessete enfrentou seu primeiro girante,

Achou que fosse morrer todo cagado...

O gigante balançava seu machado,

E o garoto tentando achar um ponto para atacar,

O gigante perdeu o passo,

O garoto perfurou sua barriga...

Então o garoto é aplaudido,

Pela burguesia covarde,

Muito é oferecido a ele,

Mas ele é difícil...

Abandona todos e sai,

Seu coração não quer parar,

Ele quer sentir o sol,

E o frio da espada...

Caminhando como um mendigo,

Todos tem nojo dele,

Mas ele não liga,

Ele é jovem e forte...

Na guerra de longe,

Ele se meteu,

Por um bocado de moedas,

Ele esta a matar todos...

Seu sorriso é torto,

Suas mãos assassinas,

Seu olhar vazio,

Mas não o culpe...

Ele cresceu em meio às espadas,

Criança sem pais,

Adotado por ciganos,

Treinado por assassinos...

Tudo o que ele vê,

É o brilho da lamina,

Que ameaça cortar sua cabeça...

Não o subestime rei gordo,

Sua gordura pode cair no chão,

Renda se...

Como uma sombra ele anda,

Cortando gargantas,

Pelo melhor preço,

Esse é seu trabalho...

Em meio há essa vila,

Bandidos se escondem,

O garoto os caçam,

Tudo por uma órfã.

Ele gosta dela,

Conta historia bonitas para ela,

Tudo para afastar a realidade,

Ela o chama de príncipe encartado...

Mas a mentira tem perna curta,

E logo ela sabe sobre seu trabalho,

Ela o odeia,

Mesmo sem saber de tudo...

O garoto vai embora,

Com um vazio no coração,

Mas ele gosta do brilho da espada em sua garganta,

Assim se distrai...

Ele procura desafiar a realeza,

Que é covarde,

Um cavaleiro é mandado,

Para matar o garoto...

Em uma manhã chuvosa,

Ele esta La,

Com sua espada em punho,

O garoto ataca,

Então temos uma ótima luta...

O cavaleiro,

Parecia ter vendido a alma para o diabo,

Bem forte ele é,

Sua espada nunca para...

O garoto, fedido garoto,

Apenas ali,

Esperando o próximo golpe,

Seu talento era invejável...

O cavalheiro não acreditou,

É só um garoto,

Ele voou em cima dele,

Cravando tão fundo sua espada,

Que mudou a historia desse pobre mundo...

E assim o garoto sem nome,

Caminhou entre nós,

Bravo e forte,

Sua espada contava sua historia...

E aqui esta um garoto,

Que foi criado na espada,

Sua única honra era não morrer...

Hoje velho e escondido,

Treina meninos como ele,

São crianças que sabem manusear uma espada,

Assim eles protegem sua liberdade...

Cristiano Siqueira 04/12/16

cristiano siqueira
Enviado por cristiano siqueira em 04/12/2016
Código do texto: T5843650
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