Órion

À meia noite,

Do céu do norte descerei

E abençoarei vossa vinha

Eu recebo as súplicas e honrarias dos reis

Eu ouço a clemência dos tolos (o céu pode esperar)

Eu então rio de sua arrogância e insignificância

Senhor de todos os lamentos

Através dos séculos, ofereço-vos

Profetas do suplício, com suas verdades carregadas de pesadelos

Na espiral do tempo, o infinito aparta-vos de minha grandeza

Contemplando vossas vãs esperanças

Num inútil movimento por acompanhar minha expansão

Vem, fiel Sírius!

Traze sob tuas presas e exibe minha máxima obra

Irradiando no firmamento as almas de minhas plêiades

Deixo-te, pequeno mundo

Longe de tua imprudência, de teus prantos

Que tornam em pântanos os mares outrora meus

Diana, acolhe-me em teu arrependimento!

Tu, que hoje danças para os mortos

Lançando ao mundo as lágrimas de tuas dores

Isaque
Enviado por Isaque em 26/07/2007
Código do texto: T580995
Classificação de conteúdo: seguro