Enfrentando meus demônios
Aqui estou enterrado na cama,
Minha culpa me corrói,
Meu passado...
Deixei uma vida ir...
Em uma manhã, uma amiga,
Bate na minha porta,
Diz que tem uma coisa que preciso ver,
Quando chego, alguém que se foi.
Esta de volta...
Elas disseram que é uma reunião,
Estou feliz por estarmos juntos novamente,
Elas serão minhas guias,
Para uma aventura,
Irei enfrentar meus demônios...
Uma espada elas me dão,
E saímos caminhando,
Tomando cerveja e conversando,
Como antes...
Nunca pensei que fosse vê-las novamente,
Desculpas devo pedir,
Mas elas dizem que não temos tempo,
Não sei onde estamos,
Estou seguindo-as...
Em uma plantação de frutas estamos.
Um velho chora por não poder trabalhar.
Um demônio não deixa eles colherem os frutos.
É meu primeiro desafio...
No fundo da plantação
Se esconde um garoto gordo,
Que olhando bem nos olhos,
Podemos ver que é um demônio.
Então lutamos...
Seu corpo se rasga em dois,
E ele mostra sua feiura.
De um monte de comida ele puxa sua espada,
Esta bravo,
Pois eu o insultei,
To nem aí...
No girar das espadas
Sinto minha alegria voltar.
Sinto-me animado,
Finalmente vivo...
Com um corte rápido,
Abro sua barriga,
E sua preciosa comida começa a cair,
No desespero dele,
Arranco sua cabeça...
O povo feliz
Por poder trabalhar,
Eis um demônio morto.
Estou gostando dessa aventura...
Aqui caminho
Com minhas melhores amigas.
Agora guias.
Estou bem...
O gordo guloso foi só aquecimento,
É claro vindo dessas duas doidas,
Iria ter coisas pior...
Depois de andar na chuva,
Passar em campos floridos,
Chegamos ao próximo,
Uma grande festa...
Elas me disseram:
“Você já se deitou com essa”.
É um dos seus demônios íntimos.
Você deve limpar...”.
E lá estava ela,
Sentada em seu trono,
Atrás uma cortina vermelha,
Ela sem roupas como sempre...
Ela me olhava como se eu fosse um amante.
Se levantou de seu trono.
Sua postura era perfeita.
Disse que eu vim matar a saudade...
Com um sorriso torto
disse que não.
Ela se assustou.
Disse que vim para mata-la.
Sua beleza acabou em um piscar de olhos.
Se transformando em um demônio horrível,
puxando sua espada de trás do trono,
“Então vamos lutar...”.
Quando sua mente não vê,
Você pode acabar aqui,
Como eu estive.
Mas não hoje...
Seu salão todo branco,
Logo ganhou manchas vermelhas.
Ela estava cansada.
Estranha minha determinação...
Não demora para sua cabeça rolar.
Eu venci.
Sinto-me mais leve,
Deve ser a culpa indo embora...
Cerveja e caminhada.
Velhas historias sobre nós foram lembradas.
Uma pausa para fotos.
Um momento como esse não pode passar em branco.
Como estou bem...
Em uma pausa para um lanche,
Elas me disseram quem é o próximo.
É meu demônio particular,
Sim, Licanturharti,
Alguém que me prometeu muito
E deu pouco...
Em um parque de crianças ela esta.
Parece doce, mas tem mais de mil anos.
É um demônio da barganha.
Mas não se engane ela rouba sua alma em pouco tempo...
Quando me viu com minhas guias e a espada
Tentou barganhar,
Covarde como é:
“peça e darei o que quiser”
Então a lembrei que pedi que minha amiga morta
Volta-se à vida.
E ela nada fez.
Quando empunhei a espada
vi ela como é de verdade...
Puxou a espada de um ursinho de pelúcia.
Que fofo...
Então lutamos,
Minhas guias torcendo por mim,
Depois de alguns cortes,
Em uma dança da morte,
Destruí o braço dela...
Ela sentiu o terror da minha lâmina.
Logo se transformou em criança.
Começou a chorar,
Viu que não posso ser mais comprado...
Seu braço voou como um pedaço de carniça.
Eu disse que ela não era mais útil.
Deveria morrer.
Fui impedido pelas minhas guias.
Disseram que sem seu chefe ela não é nada...
Uma pausa para fazer umas costuras em meu corpo.
Mesmo assim estou bem.
Então elas me olharam sérias.
Senti que a coisa ia ficar feia.
Para uma montanha que sumia nas nuvens,
Elas apontaram.
Me abraçaram.
Disseram para eu ser forte...
Pois esse é o caminho para Samael.
Sim, o cara que deveria ser meu sócio.
Então senti medo.
Vi que essa aventura poderia acabar mau...
Elas foram carinhosas.
“você é um bom garoto”
Por isso estamos aqui...
Subindo a trilha da montanha.
Bem longe.
Estou prestes a enfrentar ele.
Como pode?
O anjo que sentiu inveja de Deus.
E quis tudo que ele tinha.
Agora um anjo caído.
Mais velho que o mundo...
Chegando ao alto,
Estou em cima das nuvens.
Um paraíso que ele criou para si mesmo.
Que invejoso...
Mais perto de seu trono de ouro,
Posso ver suas sete asas.
E o terceiro olho na testa.
“É ele mesmo...”.
Ele disse que me daria poder,
Então disse que pedi que ela voltasse à vida
E ele nada fez,
Assim como Licanturharti...
Ele ficou sem palavras...
Começou a falar sobre magia antiga.
E que tudo tinha uma solução.
Zombei ele,
E ele ficou puto...
Puxou sua espada flamejante.
Então pensei:
“Vou zoar elas por não me darem uma dessas...”.
Aqui estamos.
Fim para alguém.
A luta foi difícil.
Afinal era Samael...
Em cima das nuvens estávamos lutando.
Quando olho pra elas
E dizem que estou mais forte,
Sem entender, eu continuo,
Afinal, quem tem a chance de lutar com um demônio lendário?
Depois de uma coronhada,
Caí em uma praia,
Com um hippie,
Que perguntou se estava difícil,
Eu digo que esse é dos bons...
Ele disse para usar a ponta da espada,
E logo estava no chão,
Com ele vindo em cima de mim,
Quando o varei com minha espada...
Ele se contorceu com o golpe,
Então cortei-o ao meio,
Samael esta morto,
Eu chegava ao fim de minha aventura...
Talvez o hippie fosse Jesus,
Sei lá, meio parecido,
E me chamou de filho...
Então nossa reunião acabou:
“Obrigado por tudo,
Vocês são incríveis...”.
Mostrei para mim mesmo,
Que não sou um monstro.
Apesar de carregar a raiva no coração.
Estou bem...
Então elas embrulharam a espada em um pano branco,
Estavam muitos felizes, eu também,
Venci meus demônios,
Estou livre.
Sou um bom garoto...
Elas me olharam,
Com aquele olhar que adoro,
Me abraçaram,
E a garota que morreu,
Teve que ir mais uma vez...
A que estava viva cuida de nossa aventura,
E eu...
Procuro emprego de caçador de demônios.
Ou monstros, bandidos, políticos corruptos.
Qualquer coisa que me de esse prazer...
Baseado em um sonho que tive ontem.
Cristiano Siqueira 28/10/16